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Sábado, 13 de fevereiro foi dada a largada na Guerra contra o mosquito Aedes aegypti transmissor de doenças como a dengue, Zika e Febre Chickungunya. Logo no início da manhã um verdadeiro batalhão estava concentrado em frente ao pórtico do 6° Distrito Naval pronto para a batalha.
Com um contingente de 670 militares, 150 servidores da administração municipal, representantes da sociedade civil, parceiros de empresas privadas, em destaque a Empresa Valle, que além de voluntários, trouxe sua Diretoria Administrativa, com o Diretor de Ferrosos, Sr. Olemar Tibañez participando ativamente da estratégia do Governo Federal, através do Ministério da Defesa nomeada de Dia D para combater o Aedes.
A tática de batalha conta com quatro fases de combate, sendo a primeira revista e organização interna dentro das organizações militares; a segunda que foi realizada no sábado sendo chamada de fase de conscientização que tratou da entrega de casa em casa de material informativo à população e orientações sobre o combate. A terceira será a visita dos militares juntamente com agentes de endemia nas casas do município fazendo a remoção do maior número possível de materiais que possam acumular água e assim servir de criadouro para o Aedes aegypti; e a quarta e última é uma ação conjunta do Ministério da Defesa e o Ministério da Educação e que por meio de palestras à crianças e adolescentes fiquem por dentro do tamanho do perigo e assim aumente o número de soldados envolvidos nesta verdadeira "Guerra ao Mosquito".
A união faz a força
A prefeitura de Ladário em parceria com a Marinha do Brasil vem desenvolvendo trabalhos que ficam marcados na região, e este não seria diferente, pois a possível epidemia que assusta todo o país está cada vez mais perto de se tornar real, por isso, medidas emergenciais como a Campanha Zika Zero foram tomadas.
Com pouco mais de 21 mil habitantes, a pequena Ladário foi uma das cidades do Mato Grosso do Sul que se esmerou no combate ao mosquito e reforçou as ações de Vigilância e bloqueio dos casos notificados, totalizando 168 notificações de casos suspeitos, com 07 confirmados em 2015 e em 2016, 33 casos notificados, sem nenhuma confirmação até o momento.
Para que índices satisfatórios fossem registrados campanhas de conscientização, visitas domiciliares dos agentes de endemias, bem como limpezas de terrenos foram instituídas no município com o intuito de alertar e proporcionar uma melhor qualidade de vida à população ladarense.Além destas ações de combate, de ordem prática, outras ações, como a revisão do código tributário, impondo pesadas multas aos donos de terrenos sujos, além da cobrança do valor da limpeza ao proprietário, quando feita pela Prefeitura.
Outra ação importante, recém publicada no Diário Oficial do Município, foi o Decreto 2.997, de 02 de Fevereiro de 2016, onde o Prefeito José Antônio Assad e Faria, decreta o "Estado de Alerta em Saúde Pública" no Município de Ladário, mobilizando ações de força tarefa visando ao combate, controle, prevenção e à redução de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti,
A medida ajuda, e espelhados pela atitude tomada desde a entrada do atual prefeito no comando da administração municipal, um percentual expressivo dos ladarenses colaboram para o sucesso de todos os procedimentos como forma de prevenção.
Cuidados deixados de lado
Acontece que, nesse movimento, muitos moradores negligenciaram o cuidado com seus quintais. Vasilhames, garrafas abertas, vasos de plantas mal vedadas, além de armazenar água, serviram como criadouro de elementos voadores de origem egípcia, menores que 1 centímetro e de coloração preta com pontos brancos no corpo e nas pernas. O descuido deu vez ao Aedes aegypti, o principal vetor da dengue no Brasil e agora de outras doenças tão perigosas quanto.
Mesmo com todo o esforço para eliminar de vez a doença da região, hoje é difícil encontrar um morador de Ladário que não conheça alguém que tenha contraído dengue nos últimos anos.
Apesar do estado de alerta, Ladário mesmo sendo cercada pelo pantanal ainda está fora das áreas consideradas com maiores riscos de infestação, sendo que atualmente é considerada uma área de médio risco para Dengue, devido à sua incidência sobre a população.
Aedes aegypti
Há muito tempo o Brasil convive com o mosquito. Os primeiros casos confirmados são do período colonial. O primeiro ocorreu no Recife, em 1865. Sete anos depois, em Salvador, uma epidemia da doença matou duas mil pessoas, segundo os registros históricos.
O médico e cientista Oswaldo Cruz implantou, em 1903, o programa pioneiro de combate ao mosquito transmissor e teve sucesso neste combate em sua época.
De acordo com uma pesquisa da United Nations University (UNU), do Canadá, o mosquito transmissor tem se propagado com uma grande relevância no país. O estudo confirmou que os meses que criavam situações propícias para a proliferação do mosquito eram aqueles com altas temperaturas e umidade atmosférica.
Os ovos do vetor destas doenças podem ficar até 450 dias, sem o contato com a água e ainda assim, bastam 20 minutos deste contato, para que uma nova larva apareça e gere um novo mosquito levando perigo às nossas residências.
Cidade mobilizada
O medo da Zika, Dengue e Febre Chickungunya sem dúvida é o momento mais insólito que Ladário vive em seus 237 anos. Desde o fim do mês de novembro de 2015 o tema principal é o mosquito Aedes aegypti. Mutirões de limpeza, campanhas de mobilização nas ruas, escolas, empresas, comércios e instituições militares foram colocadas como prioridade na guerra contra o mosquito.
Exemplo disso foram as vistorias realizadas na manhã desta segunda-feira, 15 de fevereiro, nas barcaças atracadas às margens do rio Paraguai em uma ação conjunta Prefeitura de Ladário e Marinha do Brasil.
O Prefeito, José Antonio; o Contra-Almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar; o Secretário de Saúde, Cléber Colleone; o Chefe Geral de Serviços do Comando do 6º Distrito Naval, Comandante Rickmann, o Capitão dos Portos, Comandante Cerveira, o Chefe da Vigilância Sanitária, Jamil Braga Urt e o Supervisor de Ã