Nesta quarta-feira, 25 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Vitiligo, data instituída para ampliar a conscientização sobre essa condição de pele que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. O vitiligo é uma doença crônica caracterizada pela perda da melanina, pigmento natural que dá cor à pele, resultando em manchas brancas de diferentes formas e tamanhos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mais de um milhão de brasileiros convivem com o vitiligo, e muitos ainda enfrentam preconceito, estigmas e desinformação. A data tem como objetivo esclarecer a população, estimular o diagnóstico precoce e ampliar o acesso ao tratamento adequado.
O vitiligo não é contagioso e pode surgir em qualquer idade, embora geralmente apareça antes dos 30 anos. Ainda não há uma causa definida para a doença, mas a hipótese mais aceita pela comunidade científica é a autoimune: o próprio organismo ataca as células responsáveis pela produção da melanina, os melanócitos.
“Não existe causa estabelecida para o vitiligo. Dentre as hipóteses estudadas, a mais aceita cientificamente é a da teoria autoimune”, explica a dermatologista e professora Silvia Müller, coordenadora do Ambulatório de Vitiligo do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), que funciona no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB).
Embora o vitiligo não tenha cura definitiva, há diversas formas de controle e tratamento, com o objetivo de interromper a progressão das manchas e, em alguns casos, recuperar a coloração da pele.
Entre os métodos utilizados estão:
Medicamentos tópicos e orais
Fototerapia com luzes ou laser
Microagulhamento
Transplante de melanócitos
Fatores como traumas na pele, queimaduras solares, infecções severas, distúrbios metabólicos e até o estresse emocional podem agravar o quadro da doença ou causar o surgimento de novas manchas.
Além dos tratamentos clínicos e cirúrgicos, o acompanhamento psicológico é uma parte fundamental no enfrentamento do vitiligo. Muitas pessoas sentem-se impactadas pela aparência das manchas, o que pode afetar a autoestima e a qualidade de vida.
A Prefeitura de Ladário reforça a importância da busca por atendimento médico especializado diante de alterações na pigmentação da pele. Ao menor sinal de surgimento de manchas, procure a unidade de saúde mais próxima para avaliação.
Conscientizar é o primeiro passo para combater o preconceito e promover a inclusão.