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Mostrar a importância da beleza negra, a sua história, sua identidade e as dificuldades enfrentadas em seu cotidiano, esses foram alguns dos objetivos propostos pelo debate sobre a consciência negra realizado no CRAS. Idealizado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Municipal de Assistência Social, o evento foi realizado nesta segunda-feira (18) e contou com a participação de lideranças de movimentos da região.
O evento contou com as palestras das convidadas Creuza Elizabeth, Superintendência da Mulher de Ladário, Nara Nazareth, Instituto Madê Korê Odara do Pantanal (IMKOP), Ednir de Paulo, Presidente do Instituto da Mulher Negra do Pantanal (IMNEGRA) e do Assistente Social do CREAS, Paulo.
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro. A data foi criada em 2003, sendo incluído no calendário escolar de todo o Brasil, mas apenas em 2011, através da lei n°12.519, foi oficializada em todo país, sem obrigatoriedade de feriado.
O dia faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes do movimento negro brasileiro, que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista. A importância da data está no reconhecimento da participação dos afrodescendentes na constituição e construção da sociedade brasileira.
O Dia da Consciência Negra traz a importante reflexão a respeito de racismo, igualdade social, inclusão do negro na sociedade, religiões e cultura de matrizes africanas, dentre outros temas que foram debatidos no evento.
População Afrodescendente no Brasil
56,10%. Esse é o percentual de pessoas que se declaram negras no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. Dos 209,2 milhões de habitantes do país, 19,2 milhões se assumem como pretos, enquanto 89,7 milhões se declaram pardos. Os negros " que o IBGE conceitua como a soma de pretos e pardos " são, portanto, a maioria da população. A superioridade nos números, no entanto, ainda não se reflete na sociedade brasileira.
Embora, pela primeira vez, os negros sejam maioria no ensino superior brasileiro, eles ainda são minoria nas posições de liderança no mercado de trabalho e entre os representantes políticos no Legislativo. Também são uma parte mínima da magistratura brasileira.
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